Universidade encerra 17ª edição do programa Trilhas Potiguares

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Promover um conjunto de ações promotoras da cidadania e da justiça social, interiorizando as atividades de ensino, pesquisa e extensão são algumas das propostas da atual gestão, contemplada no programa estruturante Universidade Cidadã, e que são postas em prática através do Programa de Extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o Trilhas Potiguares.
A edição 2012 do Programa, que este ano completa 17 anos, chega ao seu final neste início de agosto, envolvendo 340 alunos de diversas áreas e vários cursos da UFRN, 17 professores, além de técnico-administrativos, atingindo 17 municípios do Rio Grande do Norte. Tendo como característica a interdisciplinaridade, os “trilheiros” aplicam, na prática, o que aprendem em sala de aula.
Estudantes de Nutrição proferem palestra aos alunos de Escola Pública em ODB
A missão do programa é propor novas formas de aplicação do conhecimento gerado na Universidade, a partir do contato com as demandas da comunidade externa, buscando a construção solidária do saber, voltado para o desenvolvimento sustentável das comunidades.
Segundo a professora Maria da Conceição Fraga, pró-reitora adjunta de Extensão e coordenadora do Trilhas Potiguares, esse programa “exitoso é o elo entre a UFRN e a sociedade da maneira mais completa e desejada pela Universidade”. 
Conceição Fraga explica que, antes de começar o programa, a Universidade reúne os municípios interessados e respectivos segmentos sociais (instituições públicas e organizações sociais, por exemplo) para saber a demanda de cada município e, a partir de então, monta o programa que será desenvolvido em cada cidade pelos “trilheiros”.
Este ano os municípios beneficiados pelo Trilhas foram: Lajes Pintadas, Passa e Fica, Serra Caiada, Taipu, São Miguel do Gostoso, Olho D’água do Borges, Campo Grande, Janduís, Pedra Preta, Jandaíra, Bom Jesus, Afonso Bezerra, Fernando Pedrosa, Francisco Dantas, Riacho da Cruz, Lagoa D’Anta e São Rafael.
Qualquer município pode participar do Trilhas, desde que obedeçam alguns critérios, como ter até 15 mil habitantes. É importante também o envolvimento da Prefeitura, disse Conceição Fraga, pois observamos que ação é mais bem realizada quando o envolvimento extrapola a cessão de alojamento. 
O interesse dos estudantes tem aumentado a cada ano, disse Conceição Fraga, citando o número de inscritos para o Trilhas 2012: 4 mil alunos e quase 200 professores. Nesta edição, informou, todas as áreas protagonizaram o Trilhas, que agora tem como característica principal a interdisciplinaridade.
Fonte: Agecom UFRN
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Trilheiro faz campanha nas redes sociais em prol do fim do lixão de ODB

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Durante a realização de mais um Projeto Trilhas Potiguares na cidade de Olho D'agua do Borges uma situação chamou a atenção do estudante Renato Galdino, do curso de Ciências Sociais (UFRN). O lixão, localizado no município, provocou comoção no universitário que agora está mobilizando a sociedade através das redes sociais a fim de despertar a atenção das autoridades para que o problema do lixo na cidade seja resolvido.
Sobre o assunto, O blog Trilhas ODB conversou com Renato Galdino na tarde da última quarta-feira (26), acompanhe a entrevista: 


Blog - Como surgiu a iniciativa?

Renato Galdino - Tinhamos várias demandas relacionadas ao tema meio ambiente, dentre elas a problemática da gestão dos resíduos sólidos, que foi trabalhada com a juventude, alunos da Escola Estadual  20 de Setembro e Escola Municipal  Antônio Carlos de Paiva, através de palestras educativas, ministradas pela estudante de Biologia, Erica Nascimento. 

Um dos assuntos abordados foi o Lixão e seus riscos, a degradação que ele causa no meio ambiente, os perigos desse fenômeno tipicamente urbano para os habitantes da cidade, o que fazer, e o que está sendo feito com o Lixo que produzimos.
Essa realidade particularizada do município para muitos de nós trilheiros, permaneceu oculta, e pouco problematizada, com a parte de quem também devia se interessar: os gestores públicos. Não basta falarmos desse problema para a sociedade, se não contamos com a presença dos gestores, e se não enxergamos destes a contrapartida para solução do problema, que é grave. 
A relação do ser humano com a natureza, sempre muito contraditória, pois retiramos tudo do que precisamos dela, exploramos exaustivamente seus recursos, sem nos preocuparmos com os impactos adivindos disso; muito menos a preservação dos recursos naturais para o presente e futuro das gerações, no caso, do povo de Olho D'Água. 
Como estudante de Serviço Social, e ativista das questão ambiental, não fiquei contente por ter observado isso. Comprometi-me em levar um pouco da Universidade para o município, e levo comigo um pouco do município para Universidade - acredito nisso como um dos aspectos para se fazer extensão universitária. Não somos melhores dos que os outros, mas juntos podemos pensar a solução dos problemas que lá existem, que não podem ser resolvidos em apenas uma semana. Todo trilheiro por algum momento tem o intento de continuidade ao tratar de uma problemática, que comumente deixa morrer pela falta de apoio institucional, e contato com a comunidade local. 
Queremos formar multiplicadores das atividades; e deixamos esses multiplicadores lá, são trilheiros igualmente - a marca do Trilhas, e deixando a marca para mostrar que o projeto é importante, e não pode acabar. Com esse propósito, decidimos estimular a comunidade, a exercer os seus direitos de cidadania, se mobilizando em torno do exercício de uma consciência ecológica, que tem tudo a ver com a qualidade de vida dos habitantes de ODB.
O lixo sem qualquer tratamento é depositado relativamente bem próximo da cidade, não fosse só isso, bem próximo aos reservatórios de água, de consumo humano, e de uso na produção de alimentos, em meio ao cenário de caatinga, em pleno semi-árido Norteriograndense, que muito sofre com o atual período de seca.  
A contaminação do solo e mananciais pelo chorume; a exaustão do solo e poluição do ar pelas queimadas do lixo, acentuação da desertificação; o assoreamento; o envenenamento do lençol freático - envenenamento da água que se consome - é um fato concreto na região, gerando a proliferação de doenças; o aumento de seus vetores, como ratos, moscas, baratas etc; o Açude sem vida, pela eutrofização da água, enfim. Por informações dos próprios habitantes, já foi encontrado até dejetos hospitalares, absurdo!

Não podemos fechar os olhos para tudo isso, a sociedade de Olho D'Água do Borges, com pernas próprias pode exigir  do Poder Público alguma atitude, mobilizar-se, intervir, denunciar. E os órgãos que podem fiscalizar, como o Ministério Público, estar atento, fiscalizar, mediar alguma solução urgente. 

O município, terra do safoneiro e cantor, Dorgival Dantas, será também conhecido pelo seu Lixão? #ODBSEMLIXÂOJA


Foto: Renato Galdino


Blog - O Município está em meio a uma forte campanha política e aparentemente nenhum dos candidatos a representar o povo de Olho D'agua do Borges possui proposta de um projeto que possa sanar o problema do lixão na cidade. Como você avalia isso?


Renato Galdino - Acho que o povo deveria se considerar também vítima deste sistema que te obriga a votar de quatro em quatro anos. O cenário é típico de inteior do Nordeste, vi poucas propostas e cidadania, mas sim, muito mais espetáculo, nesse período, que dá uma nova dinâmica as cidades interioranas, e a ilusão da democrática, mantendo-se as mesmas práticas "políticas", que ainda não conseguimos superar, dentro do movimento histórico brasileiro. 
Não tive acesso as propostas dos canditados do grupo político A ou do grupo político de B, da situação ou da oposição. Se incluírem a luta contra o Lixão, faz-se como um dever, que a luta comece de agora. 
Mas o termômetro para saber quem está a frente de algo, em meu relato, são as carreatas, que transformam o aspecto pacato de cidade de interior. Para tentarmos tratar essa questão, como muitas outras, precisamos de pessoas conscientes; não eleitores que muitas vezes vendem o que gerações passadas conquistaram, dando a vida, por um tanque de gasolina. 
O voto não é importante para nós sociedade, como é importante para os políticos. Mais importante que o voto por si, é a nossa consciência política, mas uma consciência que seja colocada em prática, na luta por direitos, e pela melhoria real das nossas vidas. Fica o recado para os cidadãos de ODB, principalmente aos jovens, que se haveremos de começar, comecemos por isto. Nós não estamos a serviço de um governo, o governo que deve está a nosso serviço. 
São essas minhas impressões.



Foto: Renato Galdino


Blog - De que forma uma iniciativa como a sua pode ajudar a solucionar este tipo de problema, sobretudo em uma cidade que possui pouco mais de cinco mil habitantes como ODB?


Renato Galdino - Viso sensibilizar os jovens, os professores, os agentes públicos, as igrejas, os blogueiros, as ongs etc., a sociedade em geral, que não se limita ao município, ou a região, mas de todo Rio Grande do Norte, Brasil, e Mundo. A internet é este veículo para informação, que pode despertar a ação real pela união em torno de um objetivo, estou utilizando as redes para difundir essas ideias a nível local.
O que está em jogo é nosso patrimônio ambiental, os ecossistemas que só existem naquela região, a biodiversidade dali que é própria; o que está em jogo são os recursos naturais que nos provém a vida, como a água. 
Esse problema, não é exclusividade de Olho D'Água do Borges. A caatinga vem sendo desvastada de forma absurda, vivemos um processo de deseertificação acelerado do semi-árido, as mudanças climáticas acentuam os efeitos drásticos da seca; o que está em jogo é a segurança alimentar dos seus habitantes, a saúde, a preservação do bem comum que é a água, que enrriga, e mata a sede - são coisas que atingem diretamente a vida de cada um de nós, sejamos olhodaguenses, potiguares, brasileiros, cidadãos do mundo. 
Faço o que as minhas possibilidades como estudante e ser humano me dão oportunidade de fazer, passo a informação adiante, e espero que a população de ODB, vale frisar, também os gestores públicos possam estar sensíveis ao que eu trouxe a tona. Dar continuidade com autonomia, ao que o Trilhas Potiguares trouxe de novo, e de reflexão, já nas quatro edições do projeto no município, é uma alternativa. As mudanças não acontecem em um minuto, temos que lutar por elas, esse é meu reivindico. 
Com pouco mais de cinco mil habitantes ou com um milhão, é possível! 
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Artista Olhod'aguense homenageia trilheiros com desenhos

quinta-feira, 19 de julho de 2012

O artista Santos, da cidade de Olho D'agua do Borges, homenageou os trilheiros com desenhos inspirados nos nomes de cada membro da equipe do Trilhas ODB 2012. Os desenhos foram entregues ao grupo dois dias antes do encerramento das atividades na cidade.
Veja as ilustrações:

Lissiany

Maria Francilene

Raniery

Renato Galdino

Breno

Rayssa

Mariela

Pedro

Érica

Joseane

Tamires

Silvano

Camila

Paula Gabriela

Marcísio

Manuela

Moema

Rafael

Iapony Galvão

Ana Maria

Antônio Neto

Kellia Bezerril

Rita Kássia
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Projeto ajuda a reaproveitar água em pequenas propriedades do RN

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A quantidade de água doce à disposição da população está diminuindo. Por isso, a importância de projetos de reuso de água é cada vez maior, principalmente em regiões como o semiárido brasileiro. No Rio Grande do Norte, uma experiência de sucesso, batizada de Bioágua, aproveita a água usada em casa para a irrigação de hortas.
No município de Olho D’água do Borges, perto da divisa com a Paraíba, a chuva é pouca e mal distribuída. No semiárido, a média de chuva é de 600 mm por ano, cerca de um terço do que chove em Natal, capital do Rio Grande do Norte, por exemplo.
Nos meses de inverno, quando os moradores esperam pela água, eles ainda podem ser surpreendidos pela estiagem. Foi exatamente isso que aconteceu este ano.
O agricultor Sebastião de Brito tem 60 cabeças de gado. Sem pasto nativo suficiente, ele tira do bolso para comprar ração e dar aos animais no cocho. Mesmo assim, não conseguiu manter a produção de leite. “Estou tirando 30 litros de leite, mas deveria estar tirando 50, 60 litros”, afirma.
Outra renda do agricultor vem dos animais vendidos para abate, mas com o gado magro, a venda fica mais difícil. “O animal é vendido por R$ 100, o quilo. Estando magro não tem quem queira. Tem que investir mais e isso diminui a renda”, explica Sebastião.
A casa de Sebastião vai receber o Bioágua, um sistema que aproveita a chamada água cinza - toda a água usada na casa, menos a do vaso sanitário - para irrigar hortaliças. A iniciativa é do Projeto Dom Helder Camara e está mudando a situação do semiárido.
Por enquanto, foram instalados apenas três Bioáguas. “Este projeto é uma ação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, com colaboração do Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura, que tem como finalidade o combate à pobreza e o desenvolvimento rural. A instalação do projeto custa em torno de R$ 3 mil. A nossa proposta é procurar órgãos patrocinadores”, explica o agrônomo Fábio Santiago, coordenador técnico do projeto Dom Helder Câmara.
O sistema do Bioágua


O sistema funciona da seguinte forma: a água sai da casa por um único cano e segue por gravidade até o filtro, construído ao lado, em um terreno mais baixo. Depois de passar pelo filtro, ela vai até um reservatório e, de lá, a água é bombeada para canteiros de hortaliças.

Na primeira casa a receber o Bioágua, em 2009, moram sete pessoas e o consumo de água é muito grande. O agricultor Ulisses dos Santos, um dos moradores, sabe tudo sobre o projeto. “A gente achava que a água depois de usada, na teoria, não servia para mais nada. Então, ela era desperdiçada, jogada a céu aberto. Essa tecnologia que o projeto trouxe, mudou totalmente nosso pensamento. A gente aproveita de 800 a mil litros de água, que estavam sendo desperdiçados por dia”, relata.


De acordo com a quantidade de água usada na casa, se define o número de filtros necessários. Feitos os buracos, são erguidas as paredes de cimento com a ajuda de formas de metal.
Cada filtro tem um metro e meio de diâmetro e um metro de profundidade. Para garantir uma boa filtragem, a estrutura é preenchida com várias camadas de diferentes materiais: 20 centímetros de seixos, dez de brita, dez de areia lavada, cinquenta de serragem, e dez de húmus, contendo um quilo de minhocas. Depois que estiver funcionando, o filtro precisa passar por manutenção a cada seis meses.
Abrir a cabeça dos moradores às novidades é a tarefa de Luiz Monteiro Neto, técnico agrícola da ONG Athos, encarregada de implantar o projeto na região. Luiz é também pastor da igreja evangélica, um líder muito ouvido na região. Mesmo assim, o povo quis ver para crer. “O convencimento veio com os resultados que foram surgindo”, conta.
Ao lado do Bioágua ficam os canteiros para as hortaliças. A água filtrada na casa de Sebastião vai ser suficiente para irrigar dois canteiros com 13 metros de comprimento por um metro de largura e manter cerca de seis árvores frutíferas.
Resultados de sucesso
Para garantir a eficiência do sistema, a Universidade Federal Rural do Semi-Árido fez vários testes durante estes três anos. “Os riscos na reutilização envolvem uma possível contaminação dos trabalhadores, que manuseiam a horta, e dos consumidores. Pode ocorrer também a salinização, que deixa o solo menos produtivo. Após vários ajustes do sistema, a gente chegou a uma condição de produzir culturas que atendem os padrões de qualidade da Anvisa. Na condição atual, as verduras dessas hortas são seguras para o consumo”, garante a engenheira sanitarista Solange Dombroski.
Entre as adaptações a que a engenheira se refere estão o aumento no número de filtros, já que a grande quantidade de água em um único filtro matava as minhocas, e a mudança do sistema de irrigação de aspersão para o gotejamento, mais econômico e que também diminui o contato da água de reuso com as hortaliças e com os agricultores.
Garantir um pequeno oásis para os moradores do semi-árido é um projeto ambicioso. Ainda mais quando se espera atingir um milhão de famílias. Este é o objetivo do Projeto Dom Helder Camara. Depois de provar sua eficiência, resta agora, conseguir verba para realizar este sonho.
Fonte: G1
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Palestra: Hábitos alimentares nas escolas

quarta-feira, 11 de julho de 2012

O cardápio do lanche da criançada foi o tema da palestra direcionada ao público infantil da Escola Municipal Antônio Carlos de Paiva na manhã da última terça-feira. Realizada pelas alunas do curso de Nutrição da UFRN, Manuela Silvia e Tamires Bezerra, a atividade chamou a atenção dos pequenos que participaram das dinâmicas feitas pelas futuras nutricionistas.





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